sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Tempo de seca


Tempo de seca chegou
e junto com ele também chega a dor.
Falta água até para beber,
o olho d'água se fechou.

Lata d'água na cabeça,
vai Maria, vai José.
De carro, jegue ou andando,
vai marido, filho, sogra e mulher.

Aqui que na sombra faz frio,
quando chega a seca, não dá prá aguentar.
O vale todo lamenta e faz novena
Sebastião, manda uma chuva prá cá.

Água sagrada,
que sempre do céu caiu.
Agora é uma coisa escassa.
É só fumaça.
Onde anda, ninguém sabe, ninguém viu...

Nenhum comentário:

Postar um comentário